Imagine um tempo em que prevalecia no Brasil “a palavra” como ferramenta de honra nas tratativas entre as pessoas. Foi com base na força da palavra que o monumento do Cristo Redentor, hoje Santuário Arquidiocesano nasceu. A bem da verdade, a idéia de construir um monumento religioso no Corcovado surgiu no século XIX, com o padre francês Pierre-Marie Boss, que sugeriu a construção de uma imagem em homenagem à princesa Isabel que num gesto tão importante aboliu a escravatura no País. O tempo passo e somente no início do século XX que o projeto ganhou força, especialmente durante as comemorações do centenário da independência do Brasil.
Em 1921, o Círculo Católico do Rio de Janeiro retomou a idéia e iniciou uma campanha para arrecadar fundos para a construção. O projeto foi desenvolvido pelo engenheiro Heitor da Silva Costa; a estátua foi desenhada pelo artista plástico Carlos Oswald e esculpida pelo escultor francês Paul Landowski. A construção enfrentou enormes desafios. O Morro do Corvovado é o ponto mais alto do Rio de Janeiro e há mais de 100 anos atrás as dificuldades de transportes de materiais, o ir e vir dos trabalhadores e toda a logística da construção eram enormes. Por fim o Cristo Redentor abriu seus braços sobre a Guanabara em 1931.
É importante consignar que a verdade se impõe sobre as narrativas ou sobre decisões desfavoráveis da lavra de quem não conhece a história ou prefere por razões outras não conhecê-la. A primeira das verdades é que o Cristo Redentor, símbolo da fé do povo brasileiro e um símbolo do Cristianismo foi financiado com o dinheiro suado dos Católicos do Rio de Janeiro e até mesmo do País. Foram recursos angariados de várias formas: doações, eventos, quermesses e outros aportes vindos dos bolsos do povo que a Arquidiocese conseguiu realizar tão importante monumento, hoje considerada uma das maravilhas do mundo.
Hoje, quase cem anos depois que o sonho do povo de Deus de construir o monumento ao Cristo Redentor se realizou as expensas das pessoas que doou de coração o dinheiro para se construir o monumento, vem se discutir de quem é a posse do terreno (platô) e por conseqüência a quem pertence o monumento do Cristo Redentor. Ora! É de causar estranheza que só agora tão despropositada discussão ganhe as páginas da imprensa em razão de uma decisão equivocada, de juízo primeiro grau, passível de recurso e que por certo será reformada. Não há o que discutir sobre o pertencimento do monumento do Cristo Redentor. Ele pertence ao povo do Brasil através da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Vê-se com espanto as linhas que não refletem a verdade de veículos de comunicação; Estes parecem ter o particular interesse de confundir as pessoas, de se criar uma chamada “guerra santa”, tendo como foco justamente o Redentor, príncipe da Paz.
É fácil apontar questões de manutenção, é fácil insinuar vergonhosamente que o interesse financeiro se sobreponha ao interesse de Evangelização, as obras sociais e as tantas outras ações caritativas e Cristãs que a Arquidiocese realiza através do Santuário do Cristo Redentor. A manutenção do monumento por sua grandeza não é tarefa fácil mas a Arquidiocese através do Santuário vem realizando sempre ações em favor da melhor gestão possível do monumento que verdadeiramente a ela pertence.
Não é aceitável o silêncio das autoridades constituídas do Estado do Rio de Janeiro. É preciso que os Legisladores do Estado e até mesmo de outras unidades da federação se manifestem, não se calem ante ao absurdo de querer “na canetada” dar a propriedade de um monumento a outrem que não seja quem de fato se mobilizou para construí-lo.
Necessita-se também que o povo Católico e Cristãos de forma geral se manifeste, envie mensagens a seus representantes políticos para que dêem andamento aos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional no sentido de, definitivamente, consignar em Lei que a propriedade do Platô e do monumento do Cristo Redentor que nele se encontra seja definitivamente declarado de propriedade de quem o Construiu, o povo Católico representado por sua Arquidiocese.
Enquanto uma decisão definitiva não ocorrer haverão narrativas, decisões descabidas que levarão a interpretações outras inclusive de parte da imprensa. Jesus Cristo é verdade e a verdade sempre irá se impor sobre as narrativas.
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