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EDITORIAL Cristo Redentor

EDITORIAL: Cristo Redentor: A verdade se impõe as narrativas

Dauro Machado - Editor Chefe do Jornal A Gazeta

19/08/2025 07h00 Atualizada há 4 dias
Por: Redação
EDITORIAL: Cristo Redentor: A verdade se impõe as narrativas

Imagine um tempo em que prevalecia no Brasil “a palavra” como ferramenta de honra nas tratativas entre as pessoas. Foi com base na força da palavra que o monumento do Cristo Redentor, hoje Santuário Arquidiocesano nasceu. A bem da verdade, a idéia de construir um monumento religioso no Corcovado surgiu no século XIX, com o padre francês Pierre-Marie Boss, que sugeriu a construção de uma imagem em homenagem à princesa Isabel que num gesto tão importante aboliu a escravatura no País. O tempo passo e  somente no início do século XX que o projeto ganhou força, especialmente durante as comemorações do centenário da independência do Brasil. 

         Em 1921, o Círculo Católico do Rio de Janeiro retomou a idéia e iniciou uma campanha para arrecadar fundos para a construção. O projeto foi desenvolvido pelo engenheiro Heitor da Silva Costa; a estátua foi desenhada pelo artista plástico Carlos Oswald e esculpida pelo escultor francês Paul Landowski. A construção enfrentou enormes desafios. O Morro do Corvovado é o ponto mais alto do Rio de Janeiro e há mais de 100 anos atrás as dificuldades de transportes de materiais, o ir e vir dos trabalhadores e toda a logística da construção eram enormes. Por fim o Cristo Redentor abriu seus braços sobre a Guanabara  em 1931. 

         É importante consignar que a verdade se impõe sobre as narrativas ou sobre decisões desfavoráveis da lavra de quem não conhece a história ou prefere por razões outras não conhecê-la. A primeira das verdades é que o Cristo Redentor, símbolo da fé do povo brasileiro e um símbolo do Cristianismo foi financiado com o dinheiro suado dos Católicos do Rio de Janeiro e até mesmo do País. Foram recursos angariados de várias formas: doações, eventos, quermesses e outros aportes vindos dos bolsos do povo que a Arquidiocese conseguiu realizar tão importante monumento, hoje considerada uma das maravilhas do mundo.

         Hoje, quase cem anos depois que o sonho do povo de Deus de construir o monumento ao Cristo Redentor se realizou as expensas das pessoas que doou de coração o dinheiro para se construir o monumento, vem se discutir de quem é a posse do terreno (platô) e por conseqüência a quem pertence o monumento do Cristo Redentor. Ora! É de causar estranheza que só agora tão despropositada discussão ganhe as páginas da imprensa em razão de uma decisão equivocada, de juízo primeiro grau, passível de recurso e que por certo será reformada. Não há o que discutir sobre o pertencimento do monumento do Cristo Redentor. Ele pertence ao povo do Brasil através da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Vê-se com espanto  as linhas que não refletem a verdade de veículos de comunicação; Estes parecem ter o particular interesse de confundir as pessoas, de se criar uma chamada “guerra santa”, tendo como foco justamente o Redentor, príncipe da Paz.

         É fácil apontar questões de manutenção, é fácil insinuar vergonhosamente que o interesse financeiro se sobreponha ao interesse de Evangelização, as obras sociais e as tantas outras ações caritativas e Cristãs que a Arquidiocese realiza através do Santuário do Cristo Redentor. A manutenção do monumento por sua grandeza não é tarefa fácil mas a Arquidiocese através do Santuário vem realizando sempre ações em favor da melhor gestão possível do monumento que verdadeiramente a ela pertence.

         Não é aceitável o silêncio das autoridades constituídas do Estado do Rio de Janeiro. É preciso que os Legisladores do Estado e até mesmo de outras unidades da federação se manifestem, não se calem ante ao absurdo de querer “na canetada” dar a propriedade de um monumento a outrem que não seja quem de fato se mobilizou para construí-lo.

         Necessita-se também que o povo Católico e Cristãos de forma geral se manifeste, envie mensagens a seus representantes políticos para que dêem andamento aos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional no sentido de, definitivamente, consignar em Lei que a propriedade do Platô e do monumento do Cristo Redentor que nele se encontra seja definitivamente declarado de propriedade de quem o Construiu, o povo Católico representado por sua Arquidiocese.

         Enquanto uma decisão definitiva não ocorrer haverão narrativas, decisões descabidas que levarão a interpretações outras inclusive de parte da imprensa. Jesus Cristo é verdade e a verdade sempre irá se impor sobre as narrativas.

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