A denominação ‘vida consagrada’ diz respeito ao modo de viver das pessoas que se abstém de sua vida particular relacionada a diversos aspectos como o trabalho e a convivência cotidiana com a família, para dedicar-se a Cristo, estando à serviço da Igreja na Evangelização, além de defender a caridade e dignidade da pessoa humana.Geralmente, os religiosos e religiosas agrupam-se em institutos, ordens e congregações de direito pontifício e diocesano, desempenhando papeis importantes em diversas frentes de trabalhos ligados à Igreja Católica Apostólica Romana. Na área episcopal da Diocese de Leopoldina, presente em 34 municípios da região da Zona da Mata Mineira, congregações religiosas atuam em diversas áreas com objetivo principal de Evangelizar. Contudo, os trabalhos desenvolvidos são amplos e abrangem os cuidados com as pessoas, sobretudo as mais fragilizadas, seja no aspecto de saúde e de vulnerabilidade social.Existem educandários que são referências na região quanto à formação de crianças e adolescentes. Há também instituições que ofertam o ensino superior, onde algumas freiras exercem importante papel pedagógico e religioso.Desta forma, o bispo diocesano dom Edson José Oriolo dos Santos, dando continuidade ao seu trabalho de conhecer a realidade da Igreja particular de Leopoldina, reuniu-se na manhã deste sábado, 29 de fevereiro de 2020, no Salão Paroquial da Catedral de São Sebastião, em Leopoldina (MG) com as religiosas e leigos consagrados.Estiveram presentes representantes das congregações Irmãs Carmelitas Descalças dos Pobres do Brasil, do município de Ubá; Irmãs de Santa Marcelina (Faculdade Santa Marcelina), de Muriaé; Congregação dos Santos Anjos, de Além Paraíba; Filhas de Jesus, de Leopoldina; Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria, de Ubá; Irmãs Carmelitas da Divina Providência, dos municípios de Cataguases e Guarani; OAIC – Oblatos de Assis Imaculada Conceição, de Ubá; Instituto Secular Voluntários com Dom Bosco, de Leopoldina e ISGA – Instituto Secular Gabrielinos do Brasil, de Muriaé.Dom Edson falou sobre a importância das religiosas e religiosos: “Suas presenças dentro de uma comunidade é um foco de evangelização, é um sinal de Deus”, comentou.Há um mês como bispo da Diocese de Leopoldina, destacou um dado que considera muito importante: a religiosidade da população na região, além das diversas vocações da diocese, qualificando-a de ‘privilegiada’.Sobre os desafios da vida religiosa, discorreu sobre os envolvimentos das novas gerações, as mudanças culturais, complexidades das comunidades, medos e incertezas da vida religiosa, dificuldades de diálogo com a contemporaneidade, entre outros tópicos como o ciclo de vida das organizações religiosas, analisando o seu início, expansão, estabilidade e declínio, refletindo sobre o retorno às origens que revitalizam o processo.Ao final do encontro, dom Edson fez uma dinâmica de formação de grupos por comunidades, que descreveram sugestões para os benefícios da Vida Religiosa Consagrada. Dentre as propostas, reavivar a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) no contexto diocesano foi a mais discutida. A CRB tem o papel de congregar os institutos religiosos e sociedades de vida apostólica.Foi considerada também a necessidade de fortalecer a Pastoral Vocacional, trabalho que busca pessoas que tenham vocação para padres e freiras. Outros assuntos estiveram na pauta, com objetivo de fortalecer grupos e ações na Diocese de Leopoldina.Sobre a reunião, muitos consideraram um marco histórico na região, agradecendo ao bispo pela acolhida e oportunidade de encontro, que possibilitou a partilha e esperança para um trabalho em rede, fortalecendo a Vida Religiosa Consagrada.
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