Um grande número de pessoas compareceu ao velório e sepultamento de Dona Filinha Cruz. Internada quase um mês em Juiz de Fora, Dona Filinha faleceu na noite de sexta feira, 10 de junho, de causas naturais pelo decorrer da idade. Ela tinha 89 anos próxima de completar 90. O velório aconteceu na Câmara Municipal e o sepultamento na tarde de sábado, 11 de junho de 2022. Dona Filinha deixa filhos (João Batista, Manoel, Luiz, Adriana e Luciano) além de netos e bisnetos. Durante cerca de 20 anos, sem qualquer apoio oficial, Dona Filinha, por caridade e amor ao próximo abraçou a pastoral carcerária em Além Paraíba. Ela visitava a cadeia pública, na época análoga a uma masmorra medieval, onde conversava com os presos, conseguía-lhes itens de higiene, medicamentos, levava as autoridades as necessidades urgentes de cada um, realizava almoços de Natal, entre outras ações. Em muitos momentos e para muitos dos apenados, Dona Filinha foi a única pessoa que se importou com eles que, apesar de devedores da sociedade, deveriam ter um mínimo de dignidade para o cumprimento de suas sentenças. Dona Filinha nunca perguntou o que cada um deles tinha feito, que crime tinha cometido. De fato não cabia a ela julgar. Acima de tudo Dona Filinha realizou um trabalho Cristão, caritativo e humanitário tentando melhorar a personalidade de cada um dos presos que mais cedo ou mais tarde retornariam para a sociedade. As pessoas e autoridades sempre reconheceram o trabalho de Dona Filinha Cruz e por isso dezenas de pessoas foram lhe prestar as últimas homenagens. Que ela descanse em paz.
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