A política é mesmo divertida em certos aspectos. O concurso público ou mesmo os processos seletivos são as ferramentas corretas para que um servidor obtenha a sonhada estabilidade no emprego. Fora o concurso, as contratações ocorrem por nomeação nos chamados cargos comissionados, os conhecidos cargos de confiança. Como o próprio nome diz o para ser nomeado em um cargo desta claro que conta os pedidos e até indicações mas, o ponto de fato relevante é a total confiança da autoridade nomeante naquele que está sendo nomeado. Existem ainda as contratações emergenciais para suprimento de cargos específicos vagos e que necessitam de rápido provimento.
Na política existe lado. Somada a confiança a autoridade, no caso local o Prefeito, avalia ainda o comportamento político de cada um, se o pretendente foi um apoiador político, se o apoio foi explícito, discreto ou escondido. Avalia-se também o silêncio de alguns que, na esperança de uma vaga, fica quietos, alegam que são técnicos e que por isso não se manifestam. Quando as urnas abrem juram solenemente que estiveram ao lado do vencedor. A política tem lado como dito e em analogia funciona como um time de futebol. Quando um novo técnico assume ele vai escalar a equipe, descartando alguns que podem ser até bons por outros de sua confiança tão bons quanto.
Impressiona a “cara de pau” de algumas pessoas que mesmo não tendo apoiado explicitamente ou discretamente a candidatura vencedora nas urnas nas eleições passadas, ou pior, que tenham ficado silencioso trafegando com habilidade “em cima do muro” esperam, pedem ou pedem que peçam uma vaga de emprego num cargo comissionado. Chega a ser engraçado para não dizer ridículo. Há ainda aqueles que pedem amigos para intercederem pelo emprego ou pela vaga que ocupavam quando o Governo anterior. Existem os que pedem a familiares (pai e ou mão e ou os dois) para fazerem os pedidos de “readmissão”. Um verdadeiro vexame. Ferramenta muito usada nas redes sociais por essas pessoas é o disparo de ” curtidas” nas publicações do atual Governo mesmo tendo sido figura de destaque no Governo anterior que no caso, não foi reeleito e que não tenha logrado êxito nas eleições anteriores.
A política é um grupo. Os candidatos que são “cabeças de chapa” lideram um grupo de pessoas que os apoia, que atua na campanha, que trabalha durante o período eleitoral e que obviamente terão seus talentos aproveitado no mandato eventualmente conquistado nas urnas. O que se observa atualmente em Além Paraíba são pessoas que não concursadas, alegando serem técnicos mantiveram-se “aqui e acolá” e agora esperam um vaga ou pior, um retorno para a função comissionada que tinha na gestão anterior. Que coisa feia. Quem quer estabilidade no concurso público ou faz concurso ou não a terá. Entender que cada grupo Governa primeiramente com os seus, depois com os seus e só depois, se for possível com o ingressos de adesistas de plantão é no mínimo ter ética e entender um pouco como funciona a política.
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