A cantora Preta Gil morreu em 20 de julho de 2025, aos 50 anos, em Nova York, em decorrência de um câncer de intestino (câncer colorretal), mais especificamente um adenocarcinoma no cólon, que já havia se espalhado para os gânglios linfáticos e outras regiões
O adenocarcinoma colorretal é o tipo mais comum de tumor no intestino grosso. No Brasil, esse câncer é o segundo mais frequente entre mulheres e o terceiro que mais causa óbitos, com mais de 40 mil novos casos ao ano. Quando detectado precocemente, oferece chance de cura superior a 95 %.
Sintomas comuns
Sangue nas fezes (às vezes com muco), alterações na forma das fezes e na frequência intestinal (prisão de ventre ou diarreia intercaladas).
Dor ou desconforto abdominal persistente.
Em casos de metástase, sintomas podem incluir inchaço abdominal, urina alterada (quando acomete ureter) ou edemas – conforme queixas que Preta relatou antes da recidiva.Fatores de risco e possíveis causas
Crescimento de pólipos intestinais que, ao longo dos anos, podem sofrer mutações malignas.
Hábitos alimentares não saudáveis, como consumo elevado de carnes vermelhas e processadas, baixo consumo de fibras e pouca ingestão de cálcio.
Obesidade e sedentarismo.
Consumo de álcool em excesso e tabagismo.
Histórico familiar de câncer colorretal, de mama, ovário ou útero.
Doenças inflamatórias intestinais pré-existentes (Crohn, retocolite ulcerativa)
Evolução do quadro clínico de Preta Gil
Diagnosticada em janeiro de 2023, a cantora passou por quimioterapia, radioterapia e uma cirurgia no intestino com ileostomia temporária e histerectomia. Em dezembro de 2023 entrou em remissão, mas a doença retornou em agosto de 2024, com metástases em linfonodos, peritônio e ureter. Fez nova cirurgia extensa (21 horas), quimioterapia adicional e, em maio de 2025, foi para os EUA buscar tratamentos experimentais. Em julho, seu estado se agravou, culminando no falecimento.
Estatísticas gerais do câncer colorretal no Brasil
Segundo o INCA, mais de 40 mil casos novos por ano.
Em mulheres, é o segundo tipo de câncer mais comum no Sudeste e Sul, sendo o terceiro no restante do país.
A taxa de cura é muito alta em estágio inicial (até 95 %), mas diminui drasticamente se houver metástase.
Conclusão
O câncer que vitimou Preta Gil era um adenocarcinoma colorretal metastático, uma forma agressiva de câncer de intestino. Apesar de tratamentos iniciais bem-sucedidos e remissão temporária, a recidiva exigiu intervenções intensas e terapias experimentais. Essa trajetória reforça a importância do diagnóstico precoce, prevenção por meio de rastreamento (colonoscopia a partir dos 45 anos, especialmente em casos de risco) e adoção de hábitos saudáveis.
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