No próximo dia 31 de março de 2022 termina o mandato do atual Provedor (afastado) do Hospital São Salvador e demais membros de sua Diretoria. Pelo Estatuto da instituição em tempos normais o Provedor deveria ter chamado a Assembleia Geral dos Conselheiros a partir de janeiro para aprovar as contas do ano de 2021 e até o último dia do mês de março realizar nova Assembleia para reeleição. O Hospital São Salvador encontra-se sob intervenção municipal em razão de uma série de supostas irregularidades encontradas na gestão da instituição por liminar confirmada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.
O que mudará a partir do dia 31 de março?
Na prática nada mudará. O Hospital prossegue sob intervenção por 180 dias inicialmente podendo o Decreto do Prefeito Municipal ser renovado por mais 180 dias. Durante este período caberá ao Executivo através de um interventor nomeado gerir o Hospital. Antes do fim do Decreto, já que o Prefeito deixa claro não ter a menor intenção de municipalizar o Hospital haverá de se chamar os Conselheiros para se primeiramente uma mudança no Estatuto que apresenta inconsistências. É intenção do Prefeito que o novo Estatuto imponha limites ao número de possíveis reeleições consecutivas da Diretoria. Resta aguardar também o julgamento das ações que correm na justiça sobre o Provedor afastado, o ato de intervenção do Prefeito serem julgadas.
As opções que estão na mesa
Os novos Conselheiros que foram incluídos no Conselho do Hospital só podem ser considerados membros do mesmo após a ata da assembleia que os apresentou ser aprovada pela assembleia posterior que ainda não ocorreu e não tem data. Mesmo que assim ocorresse pelo atual Estatuto nenhum deles estariam aptos a votar já que intervenção interrompeu o prazo de seis meses para que novos membros do Conselho possam ter voto ou serem votados. Há ainda que se aprovar as contas de 2021 do atual Provedor que segundo a interventoria através de consultoria independente apresenta insanáveis inconsistências. O Provedor afastado afirma que tudo se trata de uma grande artimanha política para lhe tirar o comando do Hospital e o Prefeito rebate afirmando que a administração da instituição era temerária e que existem questões financeiras e favorecimentos neste sentido que são gritantes.
O assunto deixou de ser a pauta da cidade
A questão do Hospital deixou de ser o principal assunto na cidade. A população na verdade quer o Hospital funcionando e bem administrado. Existem pessoas favoráveis ao Provedor afastado e outras favoráveis à medida de intervenção tomada pelo Prefeito. Na verdade o assunto foi o ponto alto das conversas mas a repercussão vem caindo nas redes sociais e rodas de bate papo. Agora a população aguarda a definição final de toda a questão. O assunto certamente voltará a baila na medida em que decisões judiciais comecem a ser tomadas. A conferir
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