O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Saúde e do Núcleo de Vigilância Sanitária (URSLPD), determinou a interdição da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Salvador, localizado em Além Paraíba, após uma série de irregularidades constatadas em inspeções sanitárias realizadas entre setembro e outubro de 2024. A notícia caiu como uma bomba sobre a cidade na tarde de 18/02/2024.
De acordo com a Decisão SES/URSLPD-CVS-NUVISA nº. 1/2025, o hospital apresentou 193 não conformidades, abrangendo falhas graves nos setores de internação, cirurgia e cuidados intensivos. A inspeção revelou que o hospital não apresentava programa de imunização para funcionários, registros adequados de altas e óbitos, relatórios de infecção hospitalar, e nem documentos comprobatórios de manutenções em equipamentos críticos, como geradores de energia.
Uma das infrações mais graves foi a falta de condições adequadas na UTI, incluindo a ausência de contrato formal de trabalho para médicos de plantão, equipamentos essenciais em mal funcionamento, e a não conformidade estrutural do ambiente, o que resultou na suspensão das atividades da unidade.
Além disso, o Secretário Municipal de Saúde e Interventor Hospitalar, Flávio Falcão, destacou a precariedade financeira da instituição. Segundo ele, o hospital enfrenta sérias dívidas, que somam mais de R$ 8 milhões, incluindo débitos com fornecedores essenciais, como a Energisa e a White Martins, responsável pelo fornecimento de oxigênio. O hospital também carece de equipamentos adequados, como panelas na cozinha que são remendadas com farinha para tapar buracos.
Risco à saúde pública
A decisão da Vigilância Sanitária aponta que a falta de um centro cirúrgico operante, associado à insuficiência de médicos anestesistas, compromete a segurança e o atendimento emergencial dos pacientes. Em nota, o NUVISA declarou que a interdição da UTI permanecerá até que o hospital resolva todas as pendências e restabeleça os padrões sanitários necessários para o funcionamento regular.
Impacto regional
A paralisação das atividades da UTI também afeta municípios vizinhos, como Santo Antônio do Aventureiro, Volta Grande e Estrela Dalva, que dependem dos serviços prestados pelo Hospital São Salvador. A situação agrava ainda mais a crise na saúde pública da região.
Consequências e recomendações
Em sua decisão, o NUVISA sugere a revisão das atividades hospitalares, destacando a necessidade de correções urgentes para garantir a saúde dos pacientes. Além da advertência, o hospital deverá apresentar um plano de ação para sanar todas as irregularidades apontadas e evitar a desassistência à população.
O maior problema do atual Prefeito
O maior desafio do atual Prefeito de Além Paraíba será sanar o problema do Hospital São Salvador que vem muito antes da intervenção municipal realizada no Governo anterior. Com inúmeras irregularidades apontadas pelo Ministério Público através do GAECO (Grupo de Combate ao Crime Organizado), acusações de irregularidades, desvios contábeis e financeiros e outras estrepolias que levaram o Hospital a interdição na administração passada e mantida pela atual, o HSS vive uma de suas maiores crises financeiras de toda sua história. O Prefeito Dr. Paulo e o Secretário de Saúde estão debruçados para tentar encontrar uma solução mesmo que paliativa para a Instituição centenária que atolada em dívidas pode até mesmo a médio prazo passar a ser um Hospital para pequenos procedimentos ou até mesmo fechar. O próprio Secretário de Saúde atual já disse que experts no assuntos entendem que fechar a instituição e construir outra é talvez a melhor medida a se realizar. Todos os procedimentos de terapia intensiva e cirurgias estão sendo transferidos enquanto a Unidade de Terapia Intensiva seguir fechada
Discussion about this post