Parlamentares da Câmara Municipal de Além Paraíba têm intensificado os questionamentos ao Poder Executivo, exigindo respostas e providências em áreas que consideram urgentes e mal resolvidas pela atual administração municipal. Dois temas centrais ganharam destaque nas últimas sessões: a indefinição sobre o transporte coletivo urbano e a descontinuidade de cursos profissionalizantes, como o tradicional curso de Corte e Costura.A vereadora Débora Madalena, com o apoio do vereador Mateus Cruz, apresentou requerimento cobrando explicações da Prefeitura sobre a situação do transporte público municipal. Segundo a parlamentar, logo que assumiu a Prefeitura, o atual prefeito revogou o modelo de transporte coletivo deixado pela gestão anterior, assumindo o compromisso de apresentar uma nova proposta. No entanto, até o momento, não houve divulgação de um novo plano.Em seu requerimento, Débora destaca que o contrato emergencial firmado com a empresa Viação 13 de Junho — estendido até a metade de 2025 — está prestes a vencer, sem que a Prefeitura informe se será aberta uma nova licitação, se haverá prorrogação do contrato atual ou se existe, de fato, um novo modelo de transporte em desenvolvimento. “A população precisa de respostas claras e soluções definitivas para um serviço essencial como o transporte coletivo”, afirmou a vereadora durante sua fala no plenário.
Já o vereador Criolo manifestou preocupação com a interrupção de um dos cursos profissionalizantes mais antigos e respeitados do município: o curso de Corte e Costura. Em requerimento apresentado, ele denuncia que a atividade foi encerrada pela atual gestão e que não há nenhuma sinalização oficial sobre sua possível retomada. O parlamentar também chamou atenção para a situação da professora concursada responsável pelo curso, que, segundo ele, está “à disposição da Secretaria Municipal de Educação” sem desempenhar suas funções, embora continue recebendo regularmente seus vencimentos. “Não se trata de culpa da profissional, que está pronta para trabalhar. O problema é da administração, que simplesmente suspendeu o curso e não dá explicações à população, nem destino à profissional”, destacou Criolo, defendendo que o Executivo deve esclarecer se o curso será reativado e qual será o destino da servidora. As cobranças refletem um momento em que a Câmara passa a exercer papel mais incisivo de fiscalização, pressionando o Executivo por maior transparência, planejamento e resposta às demandas da população. A expectativa é que as respostas aos requerimentos sejam apresentadas ainda nas próximas semanas, sob pena de aprofundar o desgaste político da gestão municipal.
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